segunda-feira, 17 de maio de 2010

Plantio e condução de Frutíferas





PREPARO DA COVA- uma cova de qualidade deve ser feita pelo menos 30 dias antes do plantio;
- Retirar aproximadamente 30 cm da camada superficial do solo (camada A) e reservar;
- Retirar mais 20 cm; a camada sub-superficial do solo (camada B) e reservar separadamente;
- Misturar com a camada A, 2 Kg de CALCÁRIO DOLOMÍTICO, 2 kg de ESTERCO DE AVES, 2 Kg de FARELO DE MAMONA, 500 g de HIPERFOSFATO DE GAFSA e 200g de CLORETO DE POTÁSSIO;
- O hiperfosfato de gafsa e o cloreto de potássio podem ser substituídos por 500 g de adubo 04-14-08 ou 300g de adubo 04-30-10;
- No fundo da cova, quando o solo for argiloso, mais sujeito à compactação, colocar uma camada de palha seca para reduzir este problema com o solo da cova.
- Voltar, à cova, a terra misturada com os fertilizantes e corretivos, caso falte material na cova deve-se completar com terra superficial próximo à cova implantada;
- Demarcar com uma estaca o centro da cova feita, e após isto se raspa um pouco de terra fértil para fazer um pequeno monte sobre a cova; com o tempo o material se acomoda e o monte desaparece.
Importante: nunca socar a terra da cova com os pés ou de qualquer outra forma.
OBS : É fundamental molhar bem as mudas todos os dias, ate que ocorra seu perfeito pegamento.


ESPAÇAMENTO ENTRE PLANTAS (linhas x fileiras)
Ameixeiras, cítricas, pêra, pêssego: 4,0x6,0m
Figueira: 3,0 x 5,0m
Goiabeira: 5,0 x 7,0m
Kiwi: 5,0 x 5,0m
Macieira: 2,0 x 5,0m
Maracujá e Videira: 2,5 x 3,0m

ÉPOCA DE PLANTIO
Mudas de clima temperado, necessariamente devem ser plantadas no inverno antes que as plantas reiniciem as brotações.

ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO
Após 3 meses do plantio das mudas, deve ser feita a adubação de manutenção, para isso pode ser utilizado o fertilizante SULFATO DE AMÔNIO na proporção de 500 g por planta.
Assim que a planta chegar no seu período produtivo (frutificação), a adubação pode ser feita com o fertilizante N-P-K 10-10-10 na proporção de 500/planta a cada 2 meses e fertilizante orgânico (esterco de aves ou farelo de mamona ou húmus de minhoca) na proporção de 2 kG por planta.

FUNÇÕES DOS PRINCIPAIS NUTRIENTES NA PLANTA


Boutin Campo e Jardim
Adriane Baccaro
Eng.ª Agrônoma
(41)3027-5133

Tratamento de inverno para gramados

Tipos de gramas:

** BATATAIS
Também conhecida grama-de-pasto, esse tipo de grama é nativa do Brasil.
- Bastante rústica;
- Grande adaptação à solos pobres;
- Boa resistência à seca -
- Baixo custo;
- Deve ser plantada a pleno sol pois não resiste à sombra;
- Pode chegar a altura de 30 cm;

** SÃO CARLOS
Também conhecida por grama sempre-verde, é caracterizada por folhas largas, lisas e sem pêlos, cor verde intensa, com estolões abundantes.
- Adapta-se bem ao frio;
- Crescimento rasteiro;
- Gramado denso;
- Deve ser plantada a pleno sol pois não resiste à sombra;
- Pode chegar a altura de 20 cm;

** MISSIONEIRA
Possui o mesmo aspecto da grama São Carlos.
- Folhas duras, espessas;
- Crescimento rasteiro;
- Coloração verde-clara;
- Altamente resistente ao pisoteio;
- Resistente à meia-sombra;

** BERMUDA
Indicada para "playgrounds", campos de futebol, tênis, e outros esportes.
- Alta resistência ao pisoteio;
- Folhas estreitas;
- Crescimento rápido;
- Cor verde viva;
- Muito macia;
- Regenera-se rapidamente quando submetida a maus tratos;

** COREANA
É caracterizada por folhas estreitas e curtas, cor verde viva e enraizamento e estolões abundantes.
- É bastante resistente ao pisoteio;
- Tem excepcional beleza e maciez;
- Formação de tufos por ter crescimento irregular;
- Crescimento pouco intenso;

** ESMERALDA
Possui folhas estreitas e médias, cor verde-esmeralda e estolões penetrantes, que enraízam facilmente.
- Resistentes ao pisoteio;
- Suas raízes entrelaçadas evitam o aparecimento de plantas invasoras;
- Para manter a coloração intensa é preciso adubar freqüentemente;
- Em regiões frias pode ser acometida por fungos de solo que danificam suas raízes e folhas.

AERAÇÃO E DESCOMPACTAÇÃO
Deve ser executado preferencialmente nos períodos de primavera e verão onde a grama apresenta uma capacidade maior de regeneração.
Existem benefícios a curto e a longo prazo:
- Melhora do enraizamento;
- Eliminação de restos vegetais;
- Rejuvenescimento do gramado;
- Melhora da penetração de fertilizantes;
- Diminuição da compactação do solo;
- Melhora a infiltração de água.

ACIDEZ E CALAGEM
A maioria dos solos do Paraná são ácidos (pH baixo), a correção de solo (calagem), traz os seguintes benefícios para o solo:
- Eleva o pH;
- Fornece Cálcio e Magnésio como nutrientes;
- Diminui ou elimina os efeitos tóxicos do Alumínio, Manganês e Ferro;
- Diminui a "fixação" de fósforo;
- Aumenta a disponibilidade dos fertilizantes;
- Aumenta a atividade microbiana e a liberação de nutrientes;
Muitos materiais podem ser utilizados como corretivos da acidez do solo. Os principais são: cal virgem, cal apagada, cinzas, calcário (mais utilizado) e conchas marinhas moídas.
Para obtermos os efeitos esperados, o calcário deverá ser aplicado de 1 a 3 meses antes do plantio para que o corretivo tenha o tempo necessário para neutralizar a acidez do solo com eficácia.
Além disso, ele deve ser incorporado ao solo, pelo menos 15 cm de profundidade (até onde chegam as raízes).
Para os casos onde é inviável fazer uma amostragem de solo, a recomendação é de 300 g/m2 de calcário na ocasião do plantio e de 150 g/m2 após o plantio, sendo este valor apenas uma média estimada da necessidade dos solos paranaenses. A repetição pode ser feita 1 x ao ano.

ADUBAÇÃO:

1. Tipos de adubos:
1.1 Adubos orgânicos: adubos de origem vegetal ou animal . Exemplos: farinhas de osso, sangue, carne; torta de mamona, húmus de minhoca, estercos de gado, de aves, etc. A principal vantagem do adubo orgânico é que em excesso não faz mal para as plantas, já que se trata de um produto natural.
1.2 Adubos inorgânicos: adubos de origem química. Exemplos: NPK, Cloreto de Potássio, Salitre-do-Chile, Uréia, etc. As plantas absorvem com mais facilidade e rapidez os adubos inorgânicos.
2. Funções do Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K):
2.1 Nitrogênio (N): Ajuda na brotação de novas folhas. Atua na parte verde da planta.
2.2 Fósforo (P): estimula o crescimento das raízes.
2.3 Potássio (K): Aumenta a resistência contra pragas e doenças.
As quantidades de adubo necessárias são dependentes de análise do solo, mediante ao cálculo agronômico. Em geral as quantidades utilizadas são de 150 g/m2 de 04-14-08 antes do plantio. Depois do plantio a adubação de manutenção é feita com o adubo formulado 10-10-10 na quantidade de 50 g/m2 na primavera, verão e outono. No inverno a adubação deve ser feita com o NPK 04-14-08 ou 04-30-10 pois essas fórmulas dão força para as raízes e não para as folhas, ou seja, irão proteger o gramado contra os danos do inverno (geadas).

COBERTURA DO GRAMADO:
Ainda hoje existe a crença de que a terra preta funciona como um adubo. Além de não possuir os nutrientes necessários, a terra preta pode vir com sementes de plantas daninhas, esporos de fungos, vírus e nematóides. Todos esses riscos não valem a pena, uma vez que este produto não fornece os nutrientes que as plantas precisam.
SUBSTITUA A TERRA PRETA POR SUBSTRATO:
Substrato para plantas é todo o material utilizado como meio de crescimento para plantas, que não seja o solo. Pode ser constituído por um único material ou por uma mistura balanceada de materiais orgânicos, minerais ou sintéticos.

COMPOSIÇÃO (SUBSTRATO GREEN UP)
- Turfa
- Vermiculita expandida
- Superfosfato simples
- Nitrato de amônia
- Uréia
- Óxido de magnésio
- Cloreto de potássio

A turfa é um material de origem vegetal parcialmente decomposto, encontrado em regiões pantanosas (alagadiças) cujo processo ocorre no intervalo de tempo entre 6.000 a 10.000 anos. É formada principalmente por esfagno (grupo de musgos), árvores, etc.
Vermiculita é um mineral (tipo de rocha) formado pela superposição de finas lamínulas, que submetido a altas temperaturas (800ºC), sofre uma grande expansão de até quinze vezes o seu volume original, constituindo-se na Vermiculita Expandida. Na agricultura é utilizado como condicionador de solo, retentor de água em solos permeáveis, além disso serve como retentor de nutrientes, evitando sua lixiviação.

MODO DE USAR
Aplicar de 3,0 a 6,0 Kg de substrato por m², espalhando o produto de maneira uniforme sobre o gramado, molhando em seguida.
Embalagem: 25 kg. Ou seja, um saco rende em torno de 4 a 6 m2.

VANTAGENS
- Material pronto para uso e de fácil manuseio,
- Material com características físicas, químicas e biológicas conhecidas, estáveis e uniformes,
- Material com características físicas, químicas e biológicas conhecidas, estáveis e uniformes,
- Alta CTC (Capacidade de Troca de Cátions);
- Alta CRA (Capacidade de Retenção de Água);
- Ausência de odores e moscas;
- Melhora a estrutura física do solo;
- Mantém o gramado vigoroso e sadio o ano todo;
- Proteção contra geadas;
- Isenção de patógenos, pragas e plantas daninhas (dispensa expurgo);
- Melhor controle de irrigação e fertilização;
- Conceito ecológico (produto feito a partir de recursos renováveis);

Pragas em Gramados
LAGARTAS:
Geralmente ocorrem em grandes áreas e de maneira uniforme, e não em reboleiras. Alimentam-se e são mais ativas à noite. Os maiores ataques ocorrem no final do verão, após o aumento da população. O monitoramento pode ser feito através da constatação do aparecimento de fezes esverdeadas nos locais atacados.


CUPINS:
São insetos sociais, ou seja, vivem em comunidades, dentro dos limites do ninho. Alguns cupins que possam ser transportados durante a comercialização dos tapetes de grama, não apresentam a possibilidade de formarem uma nova colônia, pois estes são normalmente os operários ou os soldados, formas desprovidas de capacidade reprodutiva, necessária à formação da nova colônia.


CIGARRINHAS:
Sugam a seiva e introduzem toxinas que levam ao amarelecimento e morte da grama. Os sintomas começam em pequenas manchas de grama seca ou morta e evoluem para grandes manchas rapidamente. Ao se alimentarem produzem um tipo de espuma característica. A maioria dos sintomas ocorre nas áreas sombreadas.


PAQUINHAS:
Cortam folhas e caules à noite, quando saem de suas tocas e levam para lá a sua comida. Raízes são comidas a qualquer hora. A maior atividade é em noites quentes seguidas de chuvas.
As paquinhas constroem túneis, o comprimento de um só túnel pode chegar até a 6 metros. Durante o acasalamento e no inverno, os adultos jogam terra em torno de seus túneis.
O monitoramento pode ser feito da seguinte forma: pode a grama baixo. Misture 30 ml de detergente de limão à 10 litros de água e despeje com regador em 1 m2 de grama. Se as paquinhas estiverem presentes, virão à superfície em alguns minutos. Este método funciona melhor no verão, e após chuva.


Para o controle destes insetos descritos, recomenda-se um produto a base de Clorpirifós 480g/L quando o ataque encontra-se em locais de área agrícola. No uso urbano pode-se utilizar: Lambda-Cyalothrin, Malathion, Deltametrina, Diazinon, etc.

Doenças em Gramados
Lutar contra uma doença enquanto ela está ativa, aplicando fungicidas, frequentemente é inútil. Quando os sintomas aparecem, o patógeno já estabeleceu infecções tão profundas que se torna impossível evitar maiores danos. Os principais fungos que atacam os gramados da nossa região são: Rhizoctonioze, Fusarium, Pythium e Puccinia. Essas doenças se manifestam nas seguintes condições: temperatura noturna de 10º a 16º C; mais de 10 horas de folha molhada, por vários dias; solos mal drenados; altura de poda baixa; excesso de matéria orgânica; excesso de N; áreas sombreadas e áreas pouco arejadas.
Métodos de controle:
- Não adubar com excesso de Nitrogênio;
- Manter níveis de Fósforo e Potássio no solo de médio a alto;
- Melhorar a drenagem superficial e sub-superficial;
- Elevar a altura de corte;
- Reduzir sombreamento;
- Evitar irrigação no final da tarde;
- Não deixar restos de corte (ciscos) sobre o gramado;
- Utilizar alta concentração de calcário sobre as manchas causadas pelo ataque de fungos.

CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
Métodos de prevenção de infestações por pragas e doenças:
1. Fertilidade: Altos níveis de nitrogênio resultam num rápido e suculento crescimento que pode aumentar as chances de danos por insetos ou fungos.
Baixos níveis de nutrientes podem causar enfraquecimento do gramado e maior incidência de ataque de pragas e doenças.
2. Irrigação: Muitos insetos procuram locais úmidos para depositar seus ovos. Várias doenças fúngicas necessitam de inúmeras horas de umidade para o seu desenvolvimento.
O stress hídrico (seca) pode também aumentar os níveis de danos
provocados pela ocorrência de uma praga ou doença.
3. Poda: Uma poda excessivamente baixa pode reduzir o crescimento radicular, a reserva de carboidratos e vigor da planta, reduzindo a sua tolerância ao stress ambiental. Poda alta aumenta a incidência de doenças fúngicas.
4. Colchão/Ciscos: O excesso de colchão é um ótimo habitat para vários insetos. Favorece a ocorrência de algumas doenças, além de se constituir em uma barreira para o bom efeito de defensivos no solo.

O USO DE HERBICIDAS
Para combate de plantas de folhas largas e ciperáceas, no uso urbano, recomenda-se a aplicação do herbicida a base de Imazapir (Kapina) na dosagem de 3 ml/l de água, sendo que cada litro da calda preparado deve render em torno de 20m2. Existem outros produtos a base de 2,4D + Picloran (Tordon ou DMA) que são recomendados apenas no uso agrícola devido a sua toxicidade ambiental e humana; a venda desses produtos é liberada apenas com receituário agronômico.
De uma forma geral, um herbicida seletivo, por mais seletivo que seja, sempre causa alguma fitotoxicidade ao nosso gramado, e como as dosagens normalmente são bem pequenas, acabam facilitando o erro.
Vários outros cuidados devem ser tomados no momento de aplicação do herbicida, tais como:
- Escolher o melhor período (logo após o orvalho ou no final da tarde);
- Aplicar a uma altura de aproximadamente 50 cm do chão;
- Não deixar o produto escorrer pelas folhas;
- Não aplicar quando o gramado foi recém cortado;
- Não cortar o gramado pelo menos 15 dias após a aplicação do herbicida;
- Impedir o trânsito de pessoas e animais após o uso do produto;
- Não aplicar o produto sob ameaça de chuvas nas próximas 4 horas;
- Não aplicar se a planta estiver em stress hídrico (dias sem chuva).
- Em casos de reaplicação, aguardar pelo menos 30 dias para a repetição.

Boutin Campo e Jardim
Adriane Baccaro
Eng.ª Agrônoma
(41)3027-5133