segunda-feira, 5 de julho de 2010

Poda da Macieira

A macieira é uma planta que apresenta uma condição especial, principalmente no início do seu desenvolvimento e por ocasião de seu florescimento, pois sofre influência direta, no caso de quebra da sua dormência, caso não ocorra quantidades e intensidades de frio suficiente durante o inverno.
Portanto, por ocasião do plantio, se torna necessário que as mudas tenham sido expostas durante pelo menos 40 dias a temperaturas baixas, naturalmente ou em câmaras frias para que esta dormência seja quebrada. Caso estes fatores não tenham ocorrido, o procedimento obrigatório, com a muda plantada durante os meses de inverno, é realizar incisões em forma de ferradura (anelamento) retirando a camada superficial da casca da planta logo acima de 6 a 8 gemas em espiral na planta. Este procedimento “obriga” a quebra da dormência destas gemas, garantindo a brotação deste ramos que sofreram a incisão.
Após a formação da copada as podas de condução são as mesmas das verificadas na ameixeira e pessegueiro, podendo ser conduzida em taça eliminando o pião central.
Mas no caso da macieira a condução da planta pode favorecer o desenvolvimento de um ramo central líder que será a base para a formação de mais dois andares de copa destinados à produção.
Com relação à condução em taça já está estabelecido nas explicações de condução do pessegueiro e ameixeira.
Então, para a condução em guia modificado, que é a manutenção do guia central, na 1º poda faremos o mesmo manejo de eliminar qualquer ramo indesejado, deixando três a quatro pernadas que formarão o primeiro andar produtivo da planta, um ramo central que terá crescimento para cima é deixado e continua seu crescimento para, no ano seguinte, formar o segundo andar produtivo da planta.


Para o segundo ano de desenvolvimento, sempre visando à bifurcação dos ramos e a formação das taças, podamos tanto a primeira quanto a segunda copadas, eliminando ramos indesejáveis, ou seja, entrecruzados, com crescimento vigoroso para cima, paralelos, voltados para baixo, etc, e o último ramo superior, da segunda copada novamente é deixado para a formação do terceiro andar das copas da planta.


Neste terceiro andar da planta, as podas são mínimas desde o início de seu desenvolvimento, cortando somente os poucos ramos indesejados que surgirão na copada. Do terceiro ano em diante as podas tornam-se, além da condução da planta, também podas de frutificação.
Após a formação da copada as podas de condução são as mesmas das verificadas na ameixeira e pessegueiro, podendo ser conduzida em taça eliminando o pião central. Os ramos produtivos da macieira são:
- esporões – mais produtivos, são pequenos e com gemas florais, retirados somente se a planta apresentar um potencial excessivo de produção, pois os frutos seriam de baixa qualidade;
- brindilos – apresentam produção média, têm comprimento maior que os esporões, são finos e flexíveis, apresentam gemas florais e vegetativas;
- misto – têm gemas florais e vegetativas, apresentam uma baixa produção e são os mais podados.

2 comentários:

  1. Estava buscando uma explicação para a poda da macieira e gostei muito deste site. Obrigada!

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  2. Muito obrigado pela publicação, estávamos procurando por uma orientação para poda de macieira no segundo ano.

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